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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cidade americana polui 10 vezes mais que brasileira

Amigos a notícia fala acerca de preservação de meio-ambiente.
Este tema estará na agenda mundial nos próximos dez anos, sobretudo em função de ser um veio importante por intermédio do qual os países do original G8 procuram "frear" o ímpeto desenvolvimentista da China e Índia.
Gostaria, contudo, de chamar a atenção para alguns detalhes: Washington tem mais verde do que Rio e São Paulo e não possui complexos industriais. Também voei sobre as três cidades e em Washington não tem aquele cinza amarronzada comum nas tardes paulistas.
A indústria automobilística é a que tem maior capacidade de geração de emprego, renda e arrecadação e no Brasil, sua cadeia produtiva é a que mais emprega.
Não temos condições, nem tão cedo, de abrirmos mão da economia dos combustíveis fósseis.
Tenho plena convicção de que devemos cuidar do meio-ambiente, contudo temos que gerar emprego e renda para diminuirmos nossa desigualdade social.
O resto fica por conta dos amigos.




Cidade americana polui 10 vezes mais que brasileira
Andrea Vialli
O Estado de S. Paulo -

Estudo revela emissões de gases-estufa em 100 cidades de 33 países; poluição nem sempre está ligada a desenvolvimento

As metrópoles brasileiras emitem em torno de um décimo de gases de efeito estufa em comparação a grandes cidades americanas como Denver e Washington. Em relação às grandes cidades localizadas em países em desenvolvimento da África e da Ásia, como Cidade do Cabo e Bangcoc, as grandes cidades brasileiras também emitem menos poluentes que agravam o aquecimento global.

É o que aponta um estudo realizado pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Iied, na sigla em inglês), com recursos do Banco Mundial. Com base nas emissões per capita da população, o relatório analisou 100 cidades em 33 países.

Do Brasil, foram incluídas no estudo São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Porto Alegre. Segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a metrópole brasileira que mais emite gases-estufa (2,1 toneladas de poluentes por habitante/ano), seguida de Porto Alegre (1,48 t/habitante/ano) e São Paulo (1,40 t/habitante/ano). A cidade de Roterdã, na Holanda, é a que registra maior emissão per capita (29,8 t/habitante/ano), seguida de Denver (EUA) e Sidney.

Entre os países em desenvolvimento, a Cidade do Cabo, na África do Sul, é a cidade com maior emissão de gases-estufa: 11,6 t/habitante/ano, o que supera metrópoles de países desenvolvidos como Londres (9,6 t/habitante/ano) e Nova York (10,5 t).

"Muitas das grandes cidades têm sido responsabilizadas por contribuir com o aquecimento global. Mas muitas delas têm emissões per capita baixas, mesmo com elevado grau de urbanização e consumo de seus habitantes", afirma Daniel Hoornweg, autor do estudo e especialista em urbanismo do Banco Mundial. Um exemplo são cidades europeias como Paris (5,2 t/habitante/ano), que responde por menos da metade das emissões de um morador de Shangai, na China (11,7 t/habitante/ano).

Segundo o estudo, as emissões urbanas per capita refletem a estrutura econômica das metrópoles. Uma cidade com indústrias pesadas, uso massivo do transporte individual e energia gerada por carvão produzirá mais emissões que uma cidade de economia baseada em serviços, com boa infraestrutura de transporte público e com energia produzida em hidrelétricas.

Esses fatores explicam a baixa emissão das capitais brasileiras. Embora o uso do carro seja intenso em São Paulo e Porto Alegre, a matriz energética baseada em hidrelétricas minimiza o impacto sobre a atmosfera.

"É compreensível que o Rio de Janeiro seja a metrópole com maior emissão de poluentes, pois abriga atividades como refinaria de petróleo, o que não ocorre em São Paulo", avalia Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ e um dos cientistas do painel do clima das Nações Unidas. Segundo ele, o estudo pode servir como um elemento de análise para políticas de combate às mudanças climáticas.
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