Debate sobre participação de evangélicos na política questiona se a Bíblia é suficiente para orientar ações e sugere princípios de ética e cidadania
A necessidade do envolvimento do cristão com a política para que os princípios do cristianismo norteiem condutas e propostas sociais foi tema de um debate acadêmico no American Enterprise Institute.O debate foi intitulado “Is the Good Book good enough? Evangelical perspectives on public policy”, que numa tradução livre, pode ser interpretado como “O bom livro é suficiente? Perspectivas evangélicas nas políticas públicas”.
A referência à suficiência da Bíblia para nortear o posicionamento evangélico nas políticas públicas do mundo contemporâneo foi feita com a proposta de trazer à luz exemplos que podem ser aprendidos também com princípios modernos de ética e cidadania.
Segundo os participantes, as tradições evangélicas poderiam também oferecer contribuições únicas para a sociedade na busca pela definição da melhor forma de solucionar casos como a imigração, pobreza, justiça criminal, economia, direitos humanos e até energia nuclear, informou o Christian Post.
Para Michael Cromartie, vice-presidente da Ética e do Centro de Políticas Públicas, o envolvimento dos evangélicos na política deveria ser diferente da forma como se fez até agora, deixando de lado a inflexibilidade religiosa e se baseando em princípios de civilidade, prudência e da graça comum de Deus para com os homens, para a partir daí, oferecer à sociedade propostas justas.
Já Timothy Dalrymple, diretor de conteúdo do portal Patheos.com, acrescentou que os evangélicos envolvidos com a política devem se nortear pelo princípio de “honestidade radical”, “caridade radical” e “independência radical”, sendo sempre os mais honestos possível, lembrando sempre que isso não implica em fidelidade a um partido político, mas sim a propostas coerentes com os princípios cristãos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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