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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Associações de ateus se organizam para agir contra interesses políticos dos evangélicos

Associações de ateus se organizam para agir contra interesses políticos dos evangélicos

Associações de ateus se organizam para agir contra interesses políticos dos evangélicosA mobilização de associações de ateus para confrontar iniciativas de representantes de setores da sociedade ligados à religião, como por exemplo a bancada evangélica, tem crescido sensivelmente no Brasil.
De acordo com informações da BBC Brasil, os ativistas ateus se referem ao coletivo cristão no Congresso Nacional como “bancada teocrática”, numa referência aos países onde a constituição é baseada nas interpretações religiosas, muito comum em países islâmicos, como o Irã.
Segundo os ativistas ateus, a “bancada teocrática” estaria apresentando projetos que contrariam o princípio de Estado laico. Em contra-ataque, entidades como a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) tem apresentado representações junto ao Ministério Público para solicitar investigações sobre a legalidade das propostas.
“Isso era um dos objetivos centrais da criação da Atea, que os ateus tivessem uma personalidade jurídica para fazer suas representações perante as autoridades”, afirmou Daniel Sottomaior, fundador e presidente da associação.
A atuação de cristãos, distribuídos entre a bancada evangélica e a bancada católica, é uma das questões que mais cobram atenção dos ativistas ateus. “A bancada católica tem afinidades com alguns temas da igreja evangélica, como aborto, união civil homossexual, regulamentação da profissão de prostituta. A igreja evangélica é mais incisiva nos debates e acaba aparecendo mais, mas na votação as duas atuam juntas”, diz André Santos, consultor parlamentar, explicando a forma com que os projetos que desagradam aos parlamentares são estudados.
O deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da bancada evangélica, refuta a argumentação de ateus que as propostas defendidas pelos parlamentares violariam a laicidade do Estado e fala em discriminação: “Acho que não tem ninguém que defende mais a laicidade do Estado do que nós evangélicos. O que me parece é que essas iniciativas são fruto de ignorância a respeito da laicidade estabelecida na Constituinte ou de muito preconceito contra os religiosos”.
As críticas do deputado às posturas dos ateus sobre a linha de atuação da bancada evangélica envolve ainda citações da própria Constituição Federal: “No artigo 19 inciso 1º, a Constituição veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e municípios, subvencionar igreja ou culto, ter relação de dependência com líderes religiosos e embaraçar o funcionamento de igrejas, salvo em caso de colaboração de interesse público. A laicidade na Constituição brasileira não é um Estado sem religião, não é um Estado ateu. O Estado e a Igreja estão separados, mas cooperam entre si”, pondera.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pastor Silas Malafaia vê motivação política em ações de ativistas gays contra ele e diz:

Pastor Silas Malafaia vê motivação política em ações de ativistas gays contra ele e diz: “Raça ninguém escolhe. Ser gay é preferência”. Leia na íntegra

Pastor Silas Malafaia vê motivação política em ações de ativistas gays contra ele e diz: “Raça ninguém escolhe. Ser gay é preferência”. Leia na íntegraO pastor Silas Malafaia concedeu uma extensa entrevista em que fala sobre as diversas polêmicas envolvendo seu nome, o viés político da maioria das situações em que seu nome é citado e seu longo histórico de embates com ativistas gays.
Para o pastor, a questão envolvendo o pedido de cassação de seu registro profissional de psicólogo na Avaaz tem ligação com suas posturas políticas, pois o representante da ONG no Brasil tem ligação com o Partido dos Trabalhadores: “Todo mundo sabe que quem protege a causa gay no Brasil é o PT, mais do que ninguém. E todo mundo sabe que eu fui contra eles, o PT tem bronca de mim. Mandei e-mail para o Avaaz nos Estados Unidos detalhando toda essa cachorrada”.
Malafaia pontuou que a decisão de retirar a petição favorável a ele ocorreu apenas depois que a petição contrária foi superada, e que a maneira como a Avaaz conduziu o episódio demonstra imparcialidade: “Quer dizer que petição contra mim cabe na política do site? A meu favor não cabe? Dez dias depois? Tinham de barrar lá no início então”, afirmou Malafaia, na entrevista à revista Exame.
Sobre a matéria da revista Forbes, que o apontou como terceiro líder evangélico mais rico do Brasil, com patrimônio de US$ 150 milhões, o pastor disse que seguirá em frente na sua intenção de processar a publicação: “Estou preparando toda a documentação para o processo. E acredito que na semana que vem já entramos com tudo, meu advogado já foi aos EUA. Vou entrar bonito porque o que os caras fizeram foi outra safadeza. Eu tenho 300 milhões? Só quem tem essa informação é a Receita Federal e só se pode ter acesso a isso com requisição de quebra de sigilo fiscal. Não tenho isso e vou mostrar minha declaração de imposto de renda”, disse Malafaia.
Questionado sobre as questões abrangidas pelo projeto apelidado de “cura gay”, Silas Malafaia voltou a defender o argumento de que não se sugere uma reorientação forçada, mas a intenção é oferecer a oportunidade de que os interessados possam ser atendidos.
“Não se fala em cura gay, fala-se em reorientação e só pode se a pessoa quiser. Ninguém nasce gay, não é doença. É algo aprendido ou imposto. Quarenta e seis por cento dos homossexuais passaram a ser depois que foram violados”, frisou o pastor, que ressaltou que o trabalho que ele desenvolve acontece no campo religioso: “[A reorientação] é na igreja, não é como psicólogo, é como pastor. Aconselhamos, usamos elementos espirituais, oramos. São outros critérios. O Conselho com esse negócio de psicólogo não poder tratar gay só está fazendo com que os gays vão todos à igreja”, afirmou.
Silas Malafaia ainda rebateu os argumentos contrários ao projeto e à proposta como um todo, dizendo que não haverá prejuízos aos pacientes interessados caso a terapia seja aprovada: “Isso de não ser confortável ou de ter a situação piorada por nossa causa é conversa fiada de ativista gay. Isso são eles que estão dizendo. Se um homossexual pedir ajuda é um problema entre o homossexual e o terapeuta. Um terapeuta ouve a queixa do paciente e o ajuda”, enfatizou.
O pastor Silas Malafaia voltou a dizer que a homossexualidade “é um comportamento”, e que por isso pode ser tratada: “Repito: ninguém nasce gay, não tem gene gay, hormônio gay. Essa do ativismo gay de querer se comparar com raça é piada. Raça ninguém escolhe. Ser gay é preferência, aprendida ou imposta. Não existe prova científica que alguém nasce homossexual”.
Malafaia falou ainda sobre o aborto e a eutanásia, e afirmou que os temas são trazidos à discussão por pessoas interessadas em promoção ideológica: “Existe no mundo ocidental uma mudança de paradigma. Querem substituir o modelo cristão-judaico pelo modelo ateísta humanista. E a esquerda ideológica quer desconstruir a heteronormatividade [...] A verdade é que o aborto é um massacre dos poderosos contra os indefesos [...] A gente não é Deus e quando o homem se mete a Deus, ele só faz bobagem”.
Confira abaixo, a íntegra da entrevista do pastor Silas Malafaia à revista Exame:

Rede Sustentabilidade: novo partido da missionária Marina Silva

Rede Sustentabilidade: novo partido da missionária Marina Silva não é bem visto por evangélicos


Rede Sustentabilidade: novo partido da missionária Marina Silva não é bem visto por evangélicosO movimento pela fundação do partido Rede Sustentabilidade não vem agradando setores do meio evangélico, devido às posições de sua principal figura política, Marina Silva, a respeito de temas como o aborto e o casamento gay.
Marina Silva, de origem esquerdista (já foi membro do PT e eleita senadora pelo partido) é contra o aborto, uma postura incomum em  políticos de esquerda, e não tem demonstrado uma posição definida a respeito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que durante as eleições presidenciais de 2010, se mostrou contrária ao casamento, mas favorável à união civil.
Acusada de conservadorismo por Jean Wyllys, Marina Silva foi defendida pelo movimento que pretende estabelecer a Rede como partido. Numa nota oficial, o movimento afirmou que “em nenhum momento Marina defendeu a realização de plebiscito sobre o casamento homoafetivo”.
Sobre o assunto, o ativista e blogueiro Julio Severo publicou artigo criticando a postura de Marina Silva perante o tema. Para Severo, a posição de Marina deveria ser frontalmente contrária ao casamento gay: “’Homoafetivo’ uma ova! Esse tipo de relação é simplesmente homoerótica. Homoafetividade é a relação normal de amizade e afeto entre um pai e seu filho e um homem e seu amigo”, escreveu.
O blogueiro ainda diz que as posturas de Marina Silva a respeito da luta contra o aborto não são convincentes: “Apesar da posição confundindo ‘homoafetividade’ com homoerotismo, a ex-militante do PV, que luta para consolidar o Rede Sustentabilidade e se lançar candidata presidencial em 2014, aposta numa imagem ‘pró-vida’, torcendo para que o público se esqueça de que em 2010 ela foi criticada pelo movimento pró-vida por ter condenado a onda conservadora contrária ao aborto e ao homossexualismo que se levantou na eleição presidencial daquele ano”.
Julio Severo diz em seu texto que Marina Silva precisa “conhecer o verdadeiro Evangelho, ou apodrecer no falso evangelho”.
O articulista Klauber Cristofen, que escreve para o site Mídia sem Máscara, afirma que é incompatível que um partido de esquerda seja contrário ao aborto.
O texto porém, contextualiza as propostas do Rede Sustentabilidade a partir do passado político de Marina Silva e Heloísa Helena, ex-senadora e aliada na fundação do novo partido, desconsiderando as bases que foram reveladas à mídia no lançamento da Rede, que identifica o futuro partido como um movimento de centro.
“O aborto é uma política absolutamente necessária aos partidos de esquerda. Estes não podem abrir mão deste múltiplo instrumento de controle populacional, de empregos, de seleção racial, de criminalidade e de eventuais dissidências. O socialismo é o regime que se caracteriza por controlar variáveis na saída dos processos, e não nas causas. Ilustrativamente, é o regime onde havendo dez cabeças e nove chapéus, opta preferencialmente por decepar uma cabeça. Ou duas ou três”, escreveu Cristofen.
O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), um dos principais ativistas gays do país publicou em seu site um artigo em que critica a postura de Marina Silva a respeito do casamento gay.
“Gosto pessoalmente de Marina Silva. Respeito e admiro muito sua trajetória política e acho que ela é um quadro importante para o atual cenário político polarizado entre PT e PSDB. Ainda faço votos que ela consiga as assinaturas necessárias para registrar seu partido. Espero que fique claro que minhas divergências com Marina são políticas, podem ser pontuadas, e que concordamos em várias outras questões [...] Ela me disse que apoiava a realização de um plebiscito para que a população decidisse — uma idéia com a qual eu discordo absolutamente. No entanto, após o lançamento do partido ‘Rede’, essas lideranças negam que Marina tenha defendido a realização de um plebiscito sobre o casamento civil igualitário e, valendo-se de um jogo de palavras (misturando o casamento com a ‘união civil’, como se fosse a mesma coisa), não esclarecem se ela é a favor ou contra o direito de todos os brasileiros e brasileiras a se casar no cartório com a pessoa que amam”, enfatizou o deputado Wyllys.
Confira a íntegra do artigo “Marina Silva amarela em questão de ‘casamento’ gay cobrada por Jean Wyllys”, de Julio Severo, neste link.
Confira a íntegra do artigo “Marina Silva e Heloísa Helena como esquerdistas “pró-vida”. Você vai acreditar?”, de Klauber Cristofen no site Mídia sem Máscara, neste link.
Confira a íntegra do artigo “Um convite à Marina”, do deputado federal Jean Wyllys, neste link.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Debate sobre participação de evangélicos na política...


Debate sobre participação de evangélicos na política questiona se a Bíblia é suficiente para orientar ações e sugere princípios de ética e cidadania

Debate sobre participação de evangélicos na política questiona se a Bíblia é suficiente para orientar ações e sugere princípios de ética e cidadania
 A necessidade do envolvimento do cristão com a política para que os princípios do cristianismo norteiem condutas e propostas sociais foi tema de um debate acadêmico no American Enterprise Institute.
O debate foi intitulado “Is the Good Book good enough? Evangelical perspectives on public policy”, que numa tradução livre, pode ser interpretado como “O bom livro é suficiente? Perspectivas evangélicas nas políticas públicas”.
A referência à suficiência da Bíblia para nortear o posicionamento evangélico nas políticas públicas do mundo contemporâneo foi feita com a proposta de trazer à luz exemplos que podem ser aprendidos também com princípios modernos de ética e cidadania.
Segundo os participantes, as tradições evangélicas poderiam também oferecer contribuições únicas para a sociedade na busca pela definição da melhor forma de solucionar casos como a imigração, pobreza, justiça criminal, economia, direitos humanos e até energia nuclear, informou o Christian Post.
Para Michael Cromartie, vice-presidente da Ética e do Centro de Políticas Públicas, o envolvimento dos evangélicos na política deveria ser diferente da forma como se fez até agora, deixando de lado a inflexibilidade religiosa e se baseando em princípios de civilidade, prudência e da graça comum de Deus para com os homens, para a partir daí, oferecer à sociedade propostas justas.
Já Timothy Dalrymple, diretor de conteúdo do portal Patheos.com, acrescentou que os evangélicos envolvidos com a política devem se nortear pelo princípio de “honestidade radical”, “caridade radical” e “independência radical”, sendo sempre os mais honestos possível, lembrando sempre que isso não implica em fidelidade a um partido político, mas sim a propostas coerentes com os princípios cristãos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+