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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Editoriais e artigos

Nossa sociedade hoje vive um momento peculiar. Temos uma fantástica capacidade de acesso a informação em todos os lares e ao mesmo tempo uma sensível dificuldade de se entender o que acontece a sua volta.

Tanto o PNAD de 2009 e o Senso do IBGE de 2010 registraram que cerca de 95% dos lares possuem televisores, 98% possuem um ou mais aparelhos de rádio, são mais de 160 milhões de linhas de celulares em uma sociedade de cerca de 190 milhões de pessoas e há cidades no país onde um jornal impresso custa apenas trinta centavos de real. Sem se mensurar o uso da internet o acesso tanto a informação como aos meios de repassá-las são fartos e suficientes.

Chamou-me a atenção, contudo, o baixo nível de debates na campanha presidencial. Considerando-se que o marketing político é o refinamento do que se descobre como pensa uma sociedade os temas fátuos e, até, rasteiros debatidos para os cidadãos reflete a expectativa que estes tinham do que poder-se-ia entender e, por este viés, os marketeiros e demais assessores jogaram todo o peso. Ocorreu-me, então, que eles tenham percebido que o que o cidadão queria era um misto do que assistiam em programas vespertinos "ratínicos ou datênicos". Denuncismo, ameaças e, também, muitos balões de ensaio sobre temas que o cidadão sequer consegue manter em um minuto de mesa de bar ou de solavanco agarrados a chupetas dos corredores dos lotados ônibus coletivos por não fazerem parte de seu dia a dia ou de suas necessidades imediatas.

Comecei a considerar o motivo e cheguei a conclusão acerca da qualidade e do esclarecimento sobre o que se veicula na televisão. De fato do início ao fim de um artigo escrito com um quê de pressa, tem-se a impressão de ser algo além dos 140 caracteres do tweeter ou do espaço da caixa de recados do Facebook. Assim, os artigos de veiculação geral carecem dos consagrados início, meio e fim de qualquer singelo texto que nos permita, no fim, entender sobre o que ele estava falando. Contudo, ainda assim temos sorte de encontrar alguns artigos bem escritos.

Chego, enfim, ao motivo pelo qual posto neste blog editoriais e artigos assinados por articulistas de peso, jornalistas, professores, especialistas nos ramos sobre os quais escrevem. Tais matérias tem um início, um meio e uma conclusão. O leitor, ao fim, percebe o que o autor quis dizer. A grande vantagem é que eles tem sempre o nome e o peso da empresa que veicula. Responsabilizam-se, portanto, pelo que escrevem.

Assim, amigos, tenho procurado fazer uma cuidadosa seleção de artigos para postá-los e permitir que o leitor, ao fim de cinco minutos de leitura, tenha a nítida sensação de que não perdeu tempo e, até, agregou algum valor com o material lido. Dá trabalho, mas também, dá um grande prazer.

Eu não pretendo defender bandeiras tampouco criticar com contumácia governos ou governantes afinal o cidadão os colocou lá de forma democrática. Procuro evidenciar o que se tem de bom na mídia para se ler, se refletir e dialogar com outrem, parente, amigo, vizinho, colega de trabalho, enfim, alguém que possa, também, se beneficiar de um ponto de vista maduro e responsável de quem se preocupa em ver e traduzir para os demais o que ocorre em nossa sociedade.

Desta forma, amigos, todos os dias farei o possível para colocar, no mínimo, dez diferentes reportagens ou artigos sobre temas que valham a pena ser lidos. Acredito que só o fato de escolher coisa boa já é um senhor serviço. Afinal, respeito o tempo e a atenção de quem se dignou a visitar este espaço. Espero, com isto, está agregando algo de valor nas suas vidas.

Saudações.

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